Quando Euclides da Cunha escreveu "Os Sertões", no início do século XX, ele já falava sobre a previsibilidade das secas, sobre a força do sertanejo e sobre o domínio dos mais fracos pelos poderosos. De lá pra cá, muita coisa mudou, e muito permaneceu.
É visível a preocupação de alguns gestores com o bem-estar e a sobrevivência das pessoas, mas também é alarmante o descaso de outros tantos com problemas seculares.
Miséria, pobreza, alienação são recorrentes no município de Serra Preta.
Enquanto, diversos municípios da Bahia, a exemplo de Conceição do Coité e Caetité adiam suas festas fora de época, por conta da seca, as festas em Serra Preta acontecerão sem pudor algum. Mesmo sem água, mesmo sem perspectivas de melhoras, acontecerão.
Como o poder público local pode ser tão sem noção?
Porque "o sertanejo é, antes de tudo, um forte". Mas não é burro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário